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Tarde de sexta-feira. Minha pia entupida. A alegria gritada por Erik deixou no ar da sala um mormaço, como se o céu de claras nuvens e o vai-e-vem do sol não fossem suficientemente o bastante pra minha preguiça e tontura.
É monótono não ter Patrício aqui! Nem ao menos pra irritar-me e deixar-me alerta aos seus possíveis movimentos pelos vãos da casa...Que se encontra agora ocupada por eu e minha mãe, separadas pelos vãos e pelas significativas atividades.
Que ócio bom e cansativo este feriado.
Dia do trabalho e o ausente ânimo faze-me companhia...
O mormaço ainda persiste, mas já encontro forças ao ver que minha mãe delas dispõe-se.
Tenho que ir. É preciso afastar-me do teclado, levantar da cadeira, abrir a porta do quarto e ir a sala ligar para alguém.
Pretendo sair hoje à noite. Não quero mais um monótono copo de porre quando a lua acender.
Estou cansando-me dessa monotonia...
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2 Responses
  1. PatSodré Says:

    Realmente não fazer nada cansa.
    Cansa porque a sensação de que o mundo gira e você está parado nele é extremamente angustiante.
    Compactuo da sua angústia.
    Eu quero movimento.


  2. Unknown Says:

    Tenho gostado de não ter o que fazer...porque são momentos raros. Na verdade, invento o momento de não ter o que fazer, porque na verdade ele sempre há.


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